terça-feira, 17 de agosto de 2010

Dicas de como estudar Física!


Quando você estuda Português ou História, uma lição passada pelo professor abrange, na maioria das vezes, um grande número de páginas de texto. A Física, tal como a Matemática, é mais condensada. 
Uma lição de Física pode reduzir-se apenas a uma ou duas páginas. Você poderia decorar a lição, mas isto não lhe adiantaria nada. Algumas vezes, o seu trabalho é compreender urna lei. Depois de compreender essa lei - e a lei é muitas vezes expressa por uma equação - e a puder explicar e aplicar na resolução de problemas, você terá aprendido a lição.

Para começar:

Prepare o ambiente de estudo – pode ser no quarto, na sala, na cozinha, enfim, o lugar que você mais se sente à vontade –, deixando o local com boa luminosidade e bem arejado (agora que a temperatura fica mais elevada é melhor ter por perto um ventilador ou um aparelho de ar-condicionado).
Ao interromper o estudo, deixe um sinal específico para retomar a aprendizagem exatamente de onde parou, sem perda de esforço nem de tempo.
Escolha cadeiras confortáveis, que, depois de horas de estudos, não causem dores na coluna, nos braços e nas pernas. Ficar deitado ou recostado na cama pode causar problemas posturais.
Acostume-se a estudar no mesmo local e no mesmo horário.
Inicie os estudos depois de pelo menos 10 minutos de relaxamento, período em que você deverá se concentrar em pensamentos e sentimentos equilibradores. Pense sempre positivo. Não brigue com a situação. O vestibular é uma realidade que deve ser enfrentada com disposição.
Evite movimentos e sons que tirem a concentração. Não é necessário se desligar totalmente do mundo – uma música, por exemplo, em volume mais baixo é sempre uma boa companhia –, mas resista a atender telefonemas, fique longe de conversas e evite barulhos repetitivos.
Se for necessário decorar algum conteúdo, procure ler em voz alta a matéria e com rapidez. Não se detenha em memorizar datas ou fórmulas.
Elabore seus próprios exemplos (ganchos), relacionando os conteúdos estudados. Pode ser até a associação de uma matéria com alguma música que você pode cantarolar até em um passeio no parque.

Sugestões:

1. Leia toda a lição, a fim de saber do que se trata.
2. Leia novamente a lição, porém, mais devagar, e escreva no seu caderno a lei (se houver alguma) e outros pontos importantes da lição. Verifique se você compreende cada parágrafo. Certifique-se também se compreende o verdadeiro significado de cada palavra nova. Estude com cuidado as definições de termos como "trabalho" e "potência" até ficar completamente seguro do seu verdadeiro sentido em Física.
3. Se a lei for expressa por uma equação matemática, pergunte a si mesmo de que maneira cada símbolo da equação está relacionado com a lei. Por exemplo, (trabalho = força . deslocamento) nos diz que, duplicando-se o deslocamento, se duplica o trabalho realizado e, do mesmo modo, fazendo duplicar a força, duplica-se o trabalho produzido.
4. Resolva os problemas incluídos no texto do seu livro.
5. Discuta a lição com os seus colegas.

Durante a aula e o trabalho de laboratório:

1. Faça, sem hesitação, perguntas a respeito do que você não compreende.
2. Esteja alerta e pronto a explicar o que você compreende.
3. Pense por você mesmo; faça o seu trabalho. Você não pode aprender Física olhando para o seu companheiro.

Revisão para as provas:

1. Estude todos os dias, conscienciosamente, as suas lições. Reveja as notas que tomou na última aula. Nunca deixe as suas notas se acumularem, sem estudá-las metodicamente.
2. Antes da prova, escreva todos os pontos difíceis da parte que está revendo; faça perguntas sobre os mesmos, na aula.
3. Pense nas perguntas que faria se você fosse o professor. Tente responder, você mesmo, a essas perguntas.
4. Faça uma “cola” com as fórmulas ou conceitos mais importantes. Não exagere. Coloque apenas pontos importantes da matéria.

Durante as provas:

1. Antes do professor distribuir a prova, dê uma última “olhadinha” na cola que você fez.
2. Guarde a cola dentro da sua pasta. VOCÊ NÃO A USARÁ, já que já memorizou tudo que tinha nela.
3. Ao receber a prova escreva, em algum lugar dela, tudo que puder de fórmulas, conceitos e exemplos. Essas anotações serão muito úteis quando você estiver cansado e surgirem os famosos “brancos” de memória.
4. Faça as questões da prova como se estivesse resolvendo os testes em casa, com calma e muita atenção. Lembre-se que sempre existirão mais questões “fáceis” do que “difíceis” .
5. Lembre-se que quando um aluno diz que foi mal numa prova, é devido aos erros nas questões “fáceis”. Todo aluno que vai mal usa como desculpa as tais questões “difíceis” como argumento para mascarar sua falta de estudos.
6. SUCESSO!
O seu professor passa problemas numéricos para que você possa aumentar a sua capacidade em resolvê-los ou possa compreender alguma lei cientifica.
Por exemplo, uma das primeiras equações que aprendemos é:
Constante de atrito = força de atrito/peso
Resolvendo esta equação, você aprende a relação entre a força necessária para mover um objeto e o peso deste.

Sugerimos seis etapas para resolver os problemas:

1. Leia o seu problema cuidadosamente; compreenda o que está enunciado.
2. Escreva cada item que é dado.
3. Escreva o que pretende determinar.
4. Desenhe um diagrama simples com os dados do problema e do que pretende determinar.
5.  Pense num modo de resolver o problema. (Use uma equação, se possível).
6. Resolva o problema, eliminando tudo aquilo que for desnecessário, onde for possível e aconselhável.

Verifique a resposta obtida:

Pergunte a si mesmo se a solução encontrada é lógica ou não. Se a sua resposta a um problema sobre movimento é que um automóvel se move com uma velocidade de 1.500 km/h, (!) provavelmente a solução encontrada não está certa e o melhor que tem a fazer é verificar tudo novamente.
Todas as vezes que você usa uma equação, pode verificar, até certo ponto, a correção do seu resultado substituindo a resposta na equação.
 Elimine os termos semelhantes em ambos os membros da equação. Finalmente, se obtiver dois membros iguais, você pode concluir que a solução algébrica está correta. Deve, pois, procurar o erro noutra parte do problema.


FONTES:
·         Psicóloga Simone Janner Grohs e arte-educadora Sílvia Silveira da Silva, do Centro de Pesquisa, Educação e Consciência (CPEC);
·         Texto adaptado e ampliado de: “Física Na Escola Secundária” De Oswald H. Blackwood, Wilmer B. Herron & William C. Kelly - Tradução de José Leite Lopes e Jayme Tiomno - Editora Fundo de Cultura.


domingo, 8 de agosto de 2010

Curiosidade...

A Orientação do Pombo-Correio!

Sabia que os cientistas acabam de descobrir como os famosos pombos-correio se orientam?




Há muitos anos, quando não existia correio nem internet, as pessoas usavam pombos para enviar mensagens, que chegavam direitinho ao seu destino! O que ninguém entendia era como as aves viajavam longas distâncias e sabiam voltar para casa... Pois foi isso que os cientistas da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, descobriram!

Sabia que os pombos-correio têm algo parecido com uma bússola no bico? Esse instrumento, você sabe, serve para orientação. Ele tem uma agulha, que indica o norte, facilitando assim que alguém localize a posição em que está.

Os cientistas da Nova Zelândia revelaram que os pombos-correio têm minúsculas partículas de ferro no bico superior que funcionam como as agulhas de uma bússola. “Essas partículas, que poderíamos comparar a agulhas, giram e sempre indicam a direção norte”, explica Cordula Mora, coordenadora da pesquisa.

Sabe por que isso ocorre? Pela mesma razão que leva a agulha de uma bússola a mostrar o norte: por conta da interação com o campo magnético da Terra. Se você não faz idéia do que seja isso, anote: por causa da composição e dos movimentos do interior do nosso planeta, ele acaba se comportando como um imenso imã, ou seja, ele produz um campo magnético parecido com o de um imã comum, com dois pólos. Além disso, esses pólos (chamados de magnéticos) coincidem aproximadamente com os pólos geográficos da Terra.


Eliana Pegorim

sábado, 7 de agosto de 2010

O que está acontecendo com a matéria Física?




Por que existem tantos professores de Biologia ensinando Ciências no Ensino Fundamental e Física no Ensino Médio?
Segundo, Sonia Rodrigues no seu texto "O apagão vem aí", ela mostra a sua preocupação com a falta de formandos de Física para suprirem a imensa carência de professores dessa disciplina no ensino médio.
Um recente estudo do Mec dá a resposta, que é a mais óbvia, claro: porque se formam mais professores na licenciatura de Biologia do que na de Física. E, provavelmente, a procura por Biologia é maior, porque o contato dos alunos com professores desta área é mais intenso, já que são eles que estão em sala de aula.
O “apagão” de professores de Física é um fenômeno brasileiro que ocupa a atenção dos especialistas em gestão e de todos aqueles preocupados no impacto das lacunas de alfabetização científica sobre o desenvolvimento tecnológico do país e sobre o desemprego entre os jovens.
Segundo o Inep, são necessários 23,5 mil professores de Física, só para o Ensino Médio, e as todas as faculdades do país formaram, nos últimos 12 anos, apenas 7,2 mil licenciados. Além disso, é certa a expansão do Ensino Médio nos próximos anos, e é necessário que professores de Física assumam, junto aos de Biologia e Química, as aulas de Ciências no Ensino Fundamental. Frente a isso, a situação é ainda mais grave, por um lado, e mais positiva, por outro.